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Prefeito de Veneza é investigado e tem secretário preso

Prefeito de Veneza é investigado e tem secretário preso

Caso diz respeito a terreno pertencente a Luigi Brugnaro

VENEZA, 16 de julho de 2024, 13:03

Redação ANSA

ANSACheck
O prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

O prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

O prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, se tornou alvo de uma investigação que levou à prisão nesta terça-feira (16) de seu secretário de Mobilidade Urbana, Renato Boraso, suspeito de corrupção, lavagem de dinheiro e faturamento falso.
    O inquérito diz respeito às negociações para a venda de um terreno às margens da Lagoa de Veneza para o empresário Chiat Kwong Ching, de Singapura.
    A área pertence ao próprio Brugnaro, que, em 2017, a colocou em um "blind trust", fundo que administra o patrimônio de terceiros sem o conhecimento dos beneficiários para evitar conflitos de interesses.
    Quando o prefeito comprou o terreno, em 2006, antes de ser eleito (em 2015), a região tinha pouco valor devido a altos níveis de poluição industrial. No entanto, nos últimos anos, a área foi identificada como possível sede de um terminal mercantil e de um ginásio de esportes.
    Ao todo, são investigadas 19 pessoas, incluindo o chefe de gabinete de Brugnaro, Morris Ceron, e o vice-chefe de gabinete Derek Donadini.
    Além de Boraso, colocado em prisão temporária sob a acusação de tentar eliminar provas, também foi detido o empresário da construção civil Fabrizio Ormense. Outros sete indivíduos estão em regime domiciliar.
    "Estamos avaliando a correção da gestão do blind trust do prefeito", disse o procurador-chefe de Veneza, Bruno Cherchi, acrescentando que a inclusão de Brugnaro no rol de investigados foi feita por motivos de "transparência", uma vez que ele não teria acesso a informações relativas ao fundo.
    Já o prefeito afirmou estar "surpreso" e que sempre desempenhou sua função como "um serviço à comunidade e gratuitamente, colocando o interesse público à frente". (ANSA)

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